"Na vida nada é certo, tudo são possibilidades."

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

‘De ilusão também se vive’.




















O silêncio das estrelas

Solidão, o silêncio das estrelas, a ilusão
Eu pensei que tinha o mundo em minhas mãos
Como um deus e amanheço mortal

E assim, repetindo os mesmos erros, dói em mim
Ver que toda essa procura não tem fim
E o que é que eu procuro afinal?

Um sinal, uma porta pro infinito, o irreal
O que não pode ser dito, afinal
Ser um homem em busca de mais, de mais...
Afinal, feito estrelas que brilham em paz, em paz...

Solidão, o silêncio das estrelas, a ilusão
Eu pensei que tinha o mundo em minhas mãos
Como um deus e amanheço mortal

Um sinal, uma porta pro infinito, o irreal
O que não pode ser dito, afinal
Ser um homem em busca de mais...




Sonhe com as estrelas
Fernando Pessoa

“Sonhe com as estrelas,
apenas sonhe,
elas só podem brilhar no céu.

Não tente deter o vento,
ele precisa correr por toda parte,
ele tem pressa de chegar, sabe-se lá aonde.

As lágrimas?
Não as seque,
elas precisam correr na minha,
na sua, em todas as faces.

O sorriso!
Esse, você deve segurar,
não o deixe ir embora, agarre-o!

Persiga um sonho,
mas não o deixe viver sozinho.

Alimente a sua alma com amor,
cure as suas feridas com carinho.

Descubra-se todos os dias,
deixe-se levar pelas vontades,
mas não enlouqueça por elas.

Abasteça seu coração de fé,
não a perca nunca.

Alargue seu coração de esperanças,
mas não deixe que ele se afogue nelas.

Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!

Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.

Se sentir saudades, mate-as.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!

Circunde-se de rosas, ama, bebe e cala.

O mais é nada.”





Há quem diga que todas as noites são de sonhos.
Mas há também quem garanta que nem todas,
só as de verão. No fundo, isso não tem muita importância.
O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos.
Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares,
em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado.

Introdução ao livro “Sonho de Uma Noite de Verão” (W. Shakespeare)

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